Muitos estudantes ficam ansiosos na tentativa de adivinhar o tema da prova de Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas como essa é uma missão impossível, o jeito é se preparar da forma mais completa para encarar qualquer tipo de proposta. A professora de Redação e cofundadora do Athena Educação em Linguagem, Bárbara Amorim Vivas, compartilhou com exclusividade para o portal Mais Educação algumas dicas importantes sobre esse preparo prévio.
Para ela, houve uma mudança nos assuntos propostos na prova de Redação do Enem. “Antes as questões abordavam temas como racismo, intolerância religiosa e educação de surdos. No ano passado, tivemos uma prova com temas mais ligados à tecnologia e sua influência na vida em sociedade”, compara Bárbara, que também é professora de Português no Colégio Magnum Agostiniano e de Redação no Colégio Santo Agostinho.
Na opinião da professora, o aluno, ao invés de se preocupar em adivinhar o tema – o que contribui para a ansiedade na hora da prova –, deve organizar seus estudos por eixos temáticos. “Dessa forma, os repertórios, que são fundamentais, serão pensados para vários temas ao mesmo tempo, como aqueles voltados para o meio ambiente ou a saúde, ou mesmo educação e tecnologia”, explica. Segundo Bárbara, se considerarmos a prova do ano passado, um eixo novo e que deve ser bem estudado é o de tecnologia, ciência e economia.
Com o objetivo de se preparar melhor para as várias possibilidades de temas que podem cair na prova de Redação do Enem, a professora sugere que os alunos separem os estudos por sete eixos temáticos: meio ambiente; questões sociais; saúde; arte e cultura; direitos e cidadania; educação e ciência; tecnologia e economia.
Para facilitar esse estudo por temas, Bárbara dá a seguinte dica: “é interessante que o estudante tenha um caderno, dividido por eixos, em que possa anotar os repertórios que achar válido”. Esse caderno de eixos vai contribuir para uma boa revisão quando estiver mais próximo da prova.
Segundo ela, esses repertórios vêm não só da formação escolar do aluno (com alusões históricas ou filosóficas, por exemplo), mas também de sua vivência em sociedade. O candidato não deve abrir mão de recursos como filmes, músicas, séries, livros e documentários, pois são excelentes formas de adquirir e aumentar o próprio repertório.
Mas não basta ampliar o repertório e estudar os temas sugeridos. A professora alerta que o aluno precisa ter cuidado, pois esse repertório deve ser produtivo para a sua argumentação, ou seja, deve colaborar para a fundamentação da sua tese na hora de escrever. “Nesse sentido, quanto mais clara for a relação entre o repertório e o argumento, melhor”, esclarece Bárbara.
Ela explica que, depois de dividir o caderno em sete temas, o aluno deve anotar sempre os repertórios que for adquirindo. Ou seja, se depois de assistir a um filme, o estudante considerar que esse filme se encaixa no eixo de meio ambiente, deve anotar, além do nome do filme, a forma como ele pode se relacionar ao eixo. Nesse caso, por exemplo, pode ser que o filme apresente questões sobre o acúmulo de lixo no Brasil. O aluno deve anotar argumentos que liguem os problemas do excesso de lixo ao tema meio ambiente.
E como essa técnica de estudos pode ajudar na hora da prova? A professora explica que, antes de começar a escrever, é preciso fazer um planejamento de texto e uma brainstorming (tempestade de ideias) a partir da proposta do tema. “É preciso anotar todos os repertórios que vierem à cabeça, todas as informações e conteúdos que o aluno se lembrar que tenham relação com aquele tema. A partir da tempestade de ideias, deve-se pensar nos argumentos para se colocar no texto e escolher qual desses repertórios melhor se encaixa e fundamenta cada argumento”, esclarece Bárbara. Ela ainda ressalta que cada parágrafo desse desenvolvimento vai corresponder a um argumento principal e esse argumento sempre deve ser fundamentado por repertórios.
Essa forma de se preparar vem sendo aplicada por Bárbara e sua sócia há algum tempo no cursinho específico para as redações dos vestibulares, o Athena Educação em Linguagem, criado por elas em 2017.
Segundo Bárbara, o objetivo é auxiliar cada aluno a encontrar seu melhor texto, trabalhando as dificuldades e exaltando as potencialidades individuais. “Contamos com um material próprio que aborda tanto os aspectos teóricos quanto possíveis temas da redação. O material foi desenvolvido a partir das dificuldades mais comuns apresentadas pelos alunos, focando no trabalho a partir do planejamento de texto e do estudo por eixos temáticos. Além disso, buscamos sempre trazer um viés mais humano para o mundo do vestibular, visto que consideramos imprescindível o cuidado com a saúde mental dos nossos alunos”, conclui.
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Não... esses temas não cairão...nada de temas sociais..meio ambiente então nem pensar..a professora esqueceu de levar em conta o contexto político em que estamos..para o governo esses temas não passam de ideologia de esquerda..a tendência é abafar qualquer debate nessas áreas..