A alfabetização e o letramento são processos muito importantes para o desenvolvimento da criança em fase escolar. O direito fundamental de aprender a ler e escrever é garantido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define que a alfabetização das crianças deve ocorrer até o 2º ano do Ensino Fundamental.
Com a adoção do ensino virtual em função da pandemia de Covid-19, o Coleguium Rede de Ensino — que possui 18 unidades educacionais em Minas Gerais e uma no Pará — desenvolveu um projeto para dar continuidade ao processo de desenvolvimento da leitura e escrita no ambiente on-line.
A coordenadora geral do Infantil e do Fundamental 1 do Coleguium, Toshanska Semensato, explica que a proposta foi iniciada com um diagnóstico aplicado com os alunos de todas as turmas do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, durante a realização das aulas ao vivo.
O procedimento foi realizado a fim de verificar em que níveis de alfabetização as crianças se encontravam. “Diante do ano atípico que estamos vivenciando, visto que a BNCC estabelece a alfabetização até o 2º ano, fizemos, a partir desse levantamento, um estudo da possibilidade desse processo ocorrer a distância”, declara.
A partir do levantamento e análise dos dados, foi realizada a segmentação dos alunos pelos níveis de alfabetização. Realizados no contraturno, os encontros virtuais ocorrem três vezes por semana e têm duração de uma hora. Para a realização das atividades, com a possibilidade de um maior acompanhamento, foram montados grupos menores, de até cinco alunos, que são instruídos por meio da ferramenta Google Sala de Aula.
“As auxiliares de classe trabalham atividades relacionadas à base da consciência fonológica, essencial para o processo de alfabetização. Entre as principais, podemos citar jogos de escuta, jogos com rimas, consciência das palavras e frases, consciência silábica, introdução de fonemas iniciais e finais, consciência fonêmica e introdução de letras e escrita. As atividades são muito dinâmicas e lúdicas, o que é fundamental para estimular as habilidades cognitivas e desenvolver os eixos da alfabetização”, revela Toshanska.
A coordenadora afirma que os resultados já têm sido muito positivos, apesar de o projeto ter iniciado há apenas uma semana nas unidades de Minas Gerais e há quase um mês no Pará. “Temos percebido que os alunos já demonstram a vontade de fazer pequenas leituras e estão com o processo de escuta e de compreensão dos fonemas bem desenvolvidos. Esse processo, quando bem trabalhado, pode ser muito rápido. Muitos pais têm elogiado o projeto, o que nos incentiva, cada vez mais, a pensar e propor novas formas de promover a educação, sempre com acolhimento e criatividade para formar o nosso aluno para a vida”, acrescenta Toshanska.
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