Uma boa notícia para educadores e familiares que lidam com autistas: está disponível o Brainy Mouse (Rato Inteligente ou Rato Atrevido). Trata-se de um aplicativo em formato de jogo para celulares e tablets que auxilia, de forma lúdica, os pequenos neste processo de aprendizagem.
O aplicativo pode ser considerado um pequeno ajudante na estimulação da linguagem e alfabetização das crianças portadoras do transtorno do espectro autista (TEA). Sua criadora é a brasileira Ana Sarrizo, presidente da Brainy Mouse Foundation.
Os resultados em grupos testes com crianças de Belo Horizonte e São Paulo têm sido muito satisfatórios. O aplicativo existe nas versões em inglês e português. Ana levou gastou anos com as pesquisas.
O objetivo do jogo é trabalhar o desenvolvimento da linguagem por ela ser justamente um dos maiores desafios para a educação dos autistas. A forma como pensam, assimilam e compreendem o mundo ao seu redor é tão peculiar que, muitas vezes, nem mesmo os familiares ou os educadores estão preparados para lidar.
Para Ana Sarrizo, os adultos autistas já enfrentam muitas dificuldades, como o preconceito, por exemplo, e essa dificuldade aumenta ainda mais quando eles não sabem ler e escrever.
Estima-se que 3 milhões de brasileiros são autistas, de acordo com um estudo divulgado pelo Center of Control and Prevetion, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos que aponta a incidência do TEA de 1 a cada 68 crianças.
Para Ana Sarrizo, os adultos autistas já enfrentam muitas dificuldades, como o preconceito, por exemplo, e essa dificuldade aumenta ainda mais quando eles não sabem ler e escrever. Estima-se que 3 milhões de brasileiros são autistas, de acordo com um estudo divulgado pelo Center of Control and Prevetion, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos que aponta a incidência do TEA de 1 a cada 68 crianças.
O game trabalha a leitura da esquerda para direita, formação de palavras usando sílabas, interação com cores, sons e outros dispositivos cognitivos, tudo que possa ajudar o usuário a trabalhar seu desenvolvimento de forma lúdica e bem interativa.
A criança pode customizar seu ratinho, além de enfrentar o desafio de conseguir “cheesecoin”, uma espécie de moeda virtual. O game ainda tem o “Rato Amigo”, um dispositivo que tem como objetivo de incentivar, de forma inconsciente, a atitude de pedir ajuda ao próximo.
Em 2013, a pesquisadora Ana Sarrizo pensava apenas em contribuir com os portadores de TEA de Belo Horizonte, sua cidade natal. O sucesso foi tão grande que um professor de Ana a aconselhou se inscrever no prêmio Santander, do qual foi vencedora entre 17 mil propostas voltadas para a educação.
Com os R$ 100 mil do prêmio e uma bolsa no curso de empreendedorismo da Babson College, uma das mais importantes do mundo, decidiu criar a Brainy Mouse Foudation, nos Estados Unidos, o que a deixou mais próxima das pesquisas mais relevantes sobre autismo.
A fundação tem como objetivo ajudar instituições do mundo inteiro, familiares e educadores que já trabalham com crianças e adultos com TEA, produzindo games e ferramentas que vão auxiliá-los no seu progresso dia a dia.
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