UFMG estreia série de vídeos 'Mulheres Cientistas' - Mais Educação

UFMG estreia série de vídeos ‘Mulheres Cientistas’

Mulheres são a maioria na graduação e pós-graduação da Universidade

  • por em 6 de novembro de 2019

(Foto: divulgação/TV UFMG)

TV UFMG estreia a série on-line “Mulheres Cientistas”, com a história de oito pesquisadoras da Universidade. Nos episódios, que contemplam a diversidade de áreas do conhecimento, geracionais e raciais, as mulheres falam sobre o que é ser cientista e as contribuições da produção de conhecimento para a sociedade. O primeiro episódio, já disponível no YouTube e Facebook, destaca a carreira da professora aposentada da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, Nilma Lino Gomes, que recebeu o título de Professora Emérita da Unidade nesta quinta-feira, 31 de outubro.  

Atualmente, quase a metade dos 892 grupos de pesquisa da UFMG tem como líderes mulheres, que são a maioria nos cursos de graduação e pós-graduação, segundo levantamento da Pró-Reitoria de Pesquisa. Elas são 42% dos pesquisadores inventores nos depósitos de patentes da Universidade.

No Brasil, as mulheres produzem metade da ciência, segundo levantamento feito em 2017 pela Elsevier, uma das maiores editoras científicas do mundo. Entretanto, apesar dos avanços nos últimos anos, invisibilidade e outras barreiras continuam sendo enfrentadas pelas cientistas.

Biografia

Nilma Lino Gomes ingressou na Faculdade de Educação (FaE) da UFMG em 1984, no curso de graduação em Pedagogia, e concluiu o mestrado em Educação pela UFMG, em 1994. É doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Cumpriu estágio pós-doutoral na Universidade de Coimbra, supervisionada por Boaventura de Souza Santos. Atuou como professora na Faculdade de Educação de 1995 a 2019. De 2002 a 2013, coordenou o Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão Ações Afirmativas na UFMG e integra a equipe de pesquisadores desse programa.

Também coordenou o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Étnico-Raciais e Ações Afirmativas (Nera) e o GT 21 – Educação e Relações Étnico-Raciais – da Anped, durante a Gestão 2012-2013. Foi membro do Conselho Nacional de Educação no período 2010-2014, designada para a Câmara de Educação Básica. É membro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (Anped), da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). É bolsista de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Em 2013 e 2014, Nilma Lino Gomes foi reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab), assim, tornou-se a primeira mulher negra a ocupar o cargo mais importante de uma universidade federal no Brasil. Em janeiro de 2015, deixou essa função para ser ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR) que, em decorrência da reforma administrativa de setembro daquele ano, foi incorporada ao recém-criado Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, do qual ela esteve à frente até 2016.

Pesquisadora nas seguintes áreas de investigação: diversidade, cultura e educação, relações étnico-raciais e educação, formação de professores e diversidade étnico-racial, políticas educacionais, desigualdades sociais e raciais, movimentos sociais e educação, com ênfase especial na atuação do movimento negro brasileiro.

Nilma Lino Gomes é a primeira docente negra a ter o título de Professora Emérita da UFMG. No cômputo geral dos agraciados com esse grau de maior reconhecimento acadêmico na Universidade, as mulheres são menos de 30%.

 Dados sobre mulheres na UFMG

  • 46% dos líderes dos 892 grupos de pesquisas da UFMG são mulheres
  • 52% dos estudantes de graduação são mulheres;
  • 58% de estudantes mulheres na pós-graduação
  • 42,3% de professoras doutoras na pós-graduação
  • 36% das bolsistas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Com informações da Assessoria de Imprensa da UFMG

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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