Maria Carolina Mariano, especial para o portal Mais Educação
Co-founder e diretora de inovação da Casa Fundamental
Sei que talvez essa não fosse a resposta esperada por muitos dos leitores. Talvez, a expectativa girasse em torno de robótica ou linguagem de programação ou, talvez, bilinguismo, ou metodologias ativas. Não é uma novidade a urgência de que os processos educacionais precisam ser repensados.
A revolução tecnológica que vemos em curso nos faz deparar com uma realidade em que a única garantia que temos é a da mudança. Habilidades socioemocionais, não apenas aquelas tecnocráticas, são – finalmente! – entendidas como cruciais no contexto educacional. Robustas pesquisas científicas nos dão uma dimensão mais profunda sobre como os processos de aprendizagem acontecem. E o mercado de trabalho começa a questionar a necessidade de um diploma de ensino superior para comprovar habilidades técnicas.
Contudo, é inevitável que as escolas se transformem!
E essa transformação precisa ser sustentada por valores.
Consciência e coerência pedagógicas, ética, respeito, dignidade, construção para a justiça e para a paz. Com isso estabelecido, aí sim, um novo passo pode ser dado. Um olhar profundo sobre outras metodologias é urgente. E a certeza de que um intenso estudo sobre como essas novas metodologias servirão às escolas é preciso. Tudo porque escolas são únicas! E precisam ser autenticamente cuidadas como espaços sagrados.
Precisamos construir, no Brasil, escolas do futuro! Mas, isso precisa ser feito sem fanatismos por soluções coloridas que enchem de confete nossas escolas, que apenas pintam estruturas que precisamos deixar para trás.
As escolas do futuro precisam cuidar responsiva e responsavelmente de gente no presente.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.